17/02/2011

Desemprego

Já nos habituámos. Quando o INE publica as estatísticas do emprego, o Governo riposta com os números dos inscritos nos Centros de Emprego. Estes últimos, bem lidos e analisados, serão sempre desfavoráveis – tanto ou mais que os do INE. Mas, apregoados aos jornais parecem excelentes.

O número de inscritos nos centros de emprego diminui por várias razões: desempregados de longa duração que deixam cair o vínculo; gente à procura de primeiro emprego que não se dá ao trabalho de fazer o registo porque o sabe inútil; malta que vai compulsivamente para formações do arco da velha e por isso sai temporariamente da estatística; pessoas que deixam de se apresentar porque já nem dinheiro têm para as deslocações; gente que não tendo emprego passa à fase biscates e perde direito ao registo.

Aquele senhor secretário de estado, bem como a ministra ex-sindicalista, deviam ter vergonha de dizer o que dizem sobre o emprego. Que é não apenas o nosso maior mal social, como um dos problemas sobre os quais o governo perdeu, definitivamente, o controlo. Apesar de no ministério existirem muitos meninos da confiança pessoal e política do partido, para os quais não houve austeridade. Houve só carros novos e promoções.

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