Os números da execução orçamental parecem positivos, ainda que tenham sido conseguidos mais do lado da receita do que da despesa. Era o caminho mais fácil.
Contudo, os juros da dívida mantêm-se em alta. Os fatídicos mercados não acalmam.
Campos e Cunha, em entrevista ao Diário Económico, defende que o problema é de credibilidade do governo e do primeiro-ministro. E provavelmente tem razão. Mas podia acrescentar que é provável que exista, igualmente, um problema de especulação em relação ao euro, instrumentalizando os países mais frágeis.
O pior sinal que podíamos ter era o da oferta de dívida ficar deserta, como aconteceu recentemente com a Refer. Os investidores simplesmente não procuraram esta oferta. E isso é que é deveras preocupante.
A persistência do governo no discurso da negação deixar-nos-á uma factura muito maior que as diversas dívidas contraídas a juros incomportáveis. Levar-nos-á a uma situação não apenas de agonia financeira, mas de completa destruição social, empenhando possivelmente mais de uma geração.
22/02/2011
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