06/09/2010

Exaustão

Há limites. Há coisas que quando se prolongam além do razoável passam de factos claros e evidentes a pesadelos.

Hoje conheço uma realidade que ignorava há cinco anos. Conheço porque estou dentro. Não por contacto, não pelos jornais ou pela descrição. Estou dentro, sou actor, faço parte. E já passei a fase de incredulidade.

A imagem pública de uma sujeito público é muito mais que uma ilusão. Conhecer por dentro o modus operandi de determinados indivíduos, impolutos e venerados, dá-nos uma dimensão nova da vida – distorce o bem e o mal e dá-nos a certeza, se dúvidas houvessem, da sua existência.

E percebe-se melhor porque chegámos aqui, porque somos medíocres e estacionámos na cauda da Europa.

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