30/11/2010

Não escolha

Cavaco tem com ele os que dele disseram mal. Os que lhe chamaram ditador, os que o acharam autoritário, os que desconfiaram das suas políticas, os que o seu partido quis aniquilar.

Preside à sua comissão de honra de Cavaco o homem que Sá Carneiro se preparava para liquidar, o homem contra o qual lutou nos últimos meses da sua vida.

Manuel Alegre tem o PS a custo, com alguns históricos a tentar passar entre os pingos de chuva, despercebidos, quase invisíveis. Diz-se que perdeu apoios em relação a 2006. Aos que por lá andam, falta-lhes convicção.

Cada um escolhe o candidato que acha menos mau, numas eleições que são pessoais, onde em vez do seguidismo partidário deveria haver entrega apaixonada.

Esta pré-campanha é o retrato de democracia portuguesa, minada pelas manobras partidárias. Estas presidenciais parecem, neste momento, umas eleições moles e invertebradas.

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