16/04/2010

Só neste País

Voltou o Inverno. Pessoalmente atribuo responsabilidades à portugalidade, no seu pior sentido. Portugal é quase sempre Inverno. A meteorologia faz-nos a vontade.

O Governo não existe: transformou-se num grupo de gente que protagoniza e/ou comenta escândalos associados ao partido (e ao seu líder), aos quais se junta um grupo de fabulosos anónimos. Fabulosos porque ninguém dá por eles, o que é fabuloso, porque ser ministro e anónimo não é para qualquer um. Quando não há escândalos, há conspirações e movimentações políticas fora de cena acerca das presidenciais e pequena guerrilhas.

Novidades da governação? Zero. O que é bom. Pelo menos é sinal de que a crise não piorou. Os combustíveis aumentam? Sim. Mas o ministro, que por acaso não é completamente anónimo, diz que não percebe. O PEC é aprovado em Bruxelas e sucedem-se declarações sem interesse. Um não sei quantos ex-FMI diz que, pior que a Grécia, estamos como a Argentina.

No País do Inverno, daqui a nada vamos de férias ao sol, numa fugaz Primavera. Nem mais nem menos. Esquece-se. E em Setembro o mesmo de sempre.

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