11/05/2010

O Papa é o Papa

Revejo-me questões. A visita do Papa é cara, representa um gasto supérfluo numa altura em que se pedem sacrifícios aos portugueses, entre os quais a subtracção de direitos. A máxima parece ser: “grão a grão enche a galinha o papo”. Se, não sendo muito representativos no todo orçamental, os subsídios de Natal devem ser sacrificados em nome da estabilização financeira, 37 milhões por cada dia da visita do Papa também são uma enormidade.

Mais: sinto um arrepio nas entranhas por causa da discriminação positiva que o Estado faz em relação à Igreja Católica. A pergunta que o presidente da CIP faz no último parágrafo desta notícia saiu-me boca fora assim que soube da ponte. Os meus colegas de trabalho indignaram-se com a minha ousadia. O Papa é o Papa. Mais nada.

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