11/03/2010

Trovoadas

Portugal vive de uma agenda em dois ciclos. Há muito que é assim. Crise e eleições. Aprovado o orçamento, apresentado o PEC, a agenda nacional passará, necessariamente, a ser marcada pelas próximas eleições. Presidenciais.

Cavaco Silva manterá o tabu sobre a recandidatura, quando é certo que se apresentará a um segundo mandato. A maior das incógnitas reside no Rato. Sócrates terá sempre um problema: se apoiar Alegre terá de o explicar à opinião pública e ao partido, se não apoiar tem de se explicar na mesma. Certo é que as candidaturas da cidadania, como Alegre em 2005 e como se apresenta Fernando Nobre, dificilmente mobilizarão em 2010. Alegre, com ou sem partido, cometeu erros no arranque, deu espaço do Bloco para se colar e é notória a sua expectativa em relação ao PS; a Fernando Nobre (e posso estar enganado) ninguém lhe retira o mérito, pessoal e profissional, mas está longe de ter um discurso mobilizador.

O segundo semestre de 2010 seria uma oportunidade de o Governo aliviar sobre si a pressão das crises. Contudo, parece que as presidenciais não serão bonança entre trovoadas.

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